sábado, 30 de maio de 2009

INFÂNCIA POR OLAVO BILAC



O berço em que, adormecido
Repousa um recém-nascido,
Sob o cortinado e o véu,
Parece que representa,
Para a mamãe que o acalenta,
Um pedacinho do céu.

que júbilo, quando, um dia,
A criança principia,
Aos tombos, a engatinhar...
Quando agarra ás cadeiras,
Agita-se horas inteiras
Não sabendo caminhar!

Depois, a andar começa,
pelos móveis trepeça,
Quer correr, vacila, cai...
Depois, a boca entreabrindo,
Vai pouco a pouco sorrindo,
Dizendo: mamãe...papai...

Vai crescendo. forte e bela,
Corre a casa, tagarela,
Tudo escuta, tudo vê...
Fica esperta e inteligente...
E dão-lhe, então, de presente...
Uma carta de A.B.C...

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